sábado, 25 de fevereiro de 2012

Metallica (my beloved)

Los Angeles, um novo conceito de música nascia, mas precisamente a 28 de Outubro de 1981. Lars Ulrich, um baterista farto de estar na garagem, decide arriscar e pôs uma publicidade num jornal local onde procurava um guitarrista. Eis que o nome mais famoso do heavy metal, James Hetfield, responde.
O grupo também era composto pelo guitarrista solo Dave Mustaine e o baixista Ron McGovney. Estes dois seriam mais tarde substituídos por Cliff Burton no baixo em 1982 e Kirk Hammet, em 1983, na guitarra líder…

Metal Mania ou Metallica?

O next step de uma banda passa sempre por arranjar o nome com que se identifiquem e com que os fãs a identifiquem. Porém, com os Metallica, não deve ter havido esse grande dilema. Lars Ulrich não devia estar para grandes piadas quando Ron Quintana, um amigo seu, lhe propôs o nome Metal Mania, e escusado será dizer que lhe deve ter saído na altura um what the hell pejorativo e pouco simpático em direcção aos ouvidos de Quintana.
Metallica, é este o nome que há 30 anos faz as delícias dos fãs de thrash metal e não só… Os trabalhos falam por si e as famosas trocas de baixistas também. Esta última parte da frase, façam o favor de não a dizerem ao Lars senão viramos Rons Quintanas…

O dia D de Dave Mustaine

Já se sabe que quando se ingere álcool e drogas o mais provável é perder-se a razão. Alguém deveria ter explicado isto ao Dave quando ele decidiu andar armado em carapau de corrida em palcos e fora deles. Tal como James Hetfield, Dave respondeu a um anúncio num jornal, feito por Lars. O alto espectáculo de guitarras, o que eu vulgarmente chamaria de “artilharia pesada de cordas”, não deixou o baterista e o guitarrista rítmico ficarem indiferentes, o contrato foi imediato.
O primeiro espectáculo dos nossos metaleiros preferidos com Kirk Hammet fio a 16 de Abril de 1983, todos devem estar neste momento a questionar onde é que pára o Dave Mustaine a esta altura do campeonato… Ora a sua conduta simpaticamente violenta e infestada de álcool e drogas, dez com que Ulrich e Hetfield não estivessem com meias medidas e o corressem da banda, James já admitiu em entrevista que apesar de ser um guitarrista passado não merecia ser corrido a pontapé, mas que na altura não tiveram escolha.
Mustaine não cruzou os braços, e se fosse português afirmaria com orgulho que o que não o matou, tornou-o mais forte, assim nasceu Megadeth, aquela que podemos chamar de banda metal arqui-rival oficial dos Metallica. Escusado será dizer que depois da expulsão agreste, Dave fez questão de mostrar todo o seu não-carinho pelo seu substituto Kirk, aliás fica para a história a famosa frase proferida pelo, na altura, recém-despedido Dave Mustaine: “Hammet roubou o meu trabalho, mas pelo menos eu dormi com a sua namorada antes de ele ter o meu trabalho – como eu gosto Kirk!”, obviamente as acusações não ficaram por aqui e o antigo guitarrista afirmou que Hammet transformou-se num músico famoso à pala de tocar músicas da sua autoria.
Dave Mustaine ainda esteve no centro da polémica Go Away Ron McGovney e Play With Us Cliff Burton. Os fãs de Mustaine ainda hoje defendem que se o Cliff fez parte da banda o deveu a Dave. Os haters acham que quem teve verdadeiramente mão no assunto foram Lars e James. Kirk Hammet limitou-se a ver a bola da bancada central…

O murro no estômago que Cliff Burton deu…

Estávamos em 1982 quando Lars e James assistiram a um espectáculo de uma banda chamada Trauma, pelos vistos o trauma foi bom porque depois de Cliff Burton ter tocado baixo e ser apresentado, nunca mais lhe largaram as pernas das calças. Abençoado pedal wah-wah… Este facto a juntar-se ao outro facto de Ulrich, Hetfield e Mustaine estarem de cabelos em pé com McGovney que era o calão de serviço estilo boss que "não contribuía em nada, apenas seguia", levou a que Burton fosse bombardeado que pedidos, que arrisco a dizer quase implorados, visto que no início torceu várias vezes o nariz só de pensar em tocar nos Metallica…
Em Março de 1983 Cliff deu o ar da sua graça já na sua nova banda… No entanto, porque nesta vidinha não se dá nada a ninguém sem algo em troca, os restante Metallica partiram com malas e bagagem para San Francisco, ou isso, ou não havia Cliff para ninguém… Haja pulso Sr. Baixista!!
Infelizmente porque a divina providência às vezes lembra-se de fazer asneiras, a 27 de Setembro de 1986, durante a turné Damage Inc na Suécia, o baixista modelo para muitas bandas, morre. O autocarro da banda desliza no piso escorregadio e capota, Burton foi cuspido durante o despiste e acabou esmagado por baixo da viatura.
Apesar da continuação da banda ter sido posta em causa, este acontecimento fortaleceu o laço existente entre os restantes três membros e com a ajuda dos familiares de Cliff (a mãe é a maior fã da banda) partiu-se em busca de um novo baixista que honrasse e estivesse à altura do menino-prodígio que morreu na flor da idade, tinha 24 anos.
A música "To Live is to Die" é uma homenagem póstuma a Burton. Na música podem ser ouvidas frases na voz do imortalizado baixista como: "Quando um homem conta uma mentira, mata alguma parte do mundo. Estas são as pálidas mortes com que homens desperdiçam as suas vidas. Não posso suportar, presenciar isso tudo. O reino da salvação não pode me levar para casa?". O corpo de Cliff foi cremado e as cinzas lançadas em Maxwell Ranch. Na cerimónia, foi tocada a mítica música instrumental "Orion" (que as más línguas dizem ser usada para testar os equipamentos durante os concertos) do álbum "Master of Puppets".

O mal-amado Jason Newsted…

A 28 de Outubro de 1986 os Metallica conhecem um novo membro, o carismático Jason Newsted, cuja vida não foi muito facilitada na banda. Inicialmente porque, apesar de Lars, James e Kirk gostarem, o estilo foi sempre considerado um far away daquilo que os Metallica faziam, depois, o mais cruel cartão-de-visita que se pode dar a uma pessoa: Jason vivia na sombra do Cliff Burton, se o Cliff não tivesse morrido Jason não era ninguém. As exigências à volta de Newsted eram muitas e duras, Jason não só tinha de agradar aos seus colegas de banda como, também, aos fãs que esperavam dele, pelo menos, o mesmo que tiveram do Cliff, já que Jason nunca poderia ser melhor.
Errou bastante quem pensou que Jason Newsted era um anjinho sem classe nenhuma no metal, o jovem chegou, viu e venceu. Apesar de ser o bombo da festa e vítima do mau ambiente que se vivia na banda enlutada, e o álbum …And Justice For All, ter sido na altura apelidado de fiasco embora fosse este o álbum que levou a banda à verdadeira e notória fama que tem hoje, Jason tinha presença em palco: cativava o público, segurava-o, cada solo era uma forma de calar as críticas… E o melhor e mais caricato de tudo: quando abria a boca para cantar, James Hetfield não tinha outra opção a não ser… calar-se!
Uma das capas que mais controvérsia criou foi a do álbum Garage Inc. Na capa do James, Lars e Kirk aparecem juntos, enquanto Jason Newsted está sozinho, afastado deles. Muita tinta se gastou a escrever especulações sobre esta ‘situação’, como sempre a culpa nunca foi dos três ‘mosqueteiros’…
Em 2001 novos planos foram feitos para a banda voltar ao activo, fazer-se á estrada e voltar aos palcos, no entanto, Jason não estava para aí virados e decidiu fechar a porta por supostas "razões pessoais e danos físicos causados a mim mesmo ao longo dos anos pela forma de tocar a música que amo"…
Já em no decorrer do ano 2000, Jason tinha co-fundado um projecto idealizado por si e paralelo à sua banda principal, o projecto é a banda Echobrain, esta banda foi o filho que Newsted nunca teve, criou-o de raiz e gastou nele o dinheiro que ganhava como baixista nos Metallica. O excesso de preocupação pela banda paralela que acabou por ser um alvo a abater e algo indesejável criou tensão entre Jason e os restantes membros dos Metallica. Foi o princípio do fim da presença de Newsted na sua banda principal.
Se Jason tinha vontade de lançar um álbum com os Echobrain. James Hetfield sempre abominou tal acto e afirmou que quem se preocupava com projectos paralelos acabava com a força dos Metallica. Jason revoltado começa a atacar James e evidenciou as contribuições de James para com outros projectos musicais fora da sua banda. Obviamente que James, numa tentativa de salvar a sua honra e imagem que detinha, especialmente junto de Lars que o contratou, disse que não estava ligado a qualquer tipo de projectos ou banda musical que não fosse os Metallica, e saltou em cima de Newsted com provocações, entre elas, perguntas como quando é que a treta dos Echobrain iriam acabar, quando é que haveria uma turné, ou se Echobrain era mesmo uma banda… Jason não aguentou a pressão e abandonou os Metallica.
Mais tarde Lars Ulrich, Kirk Hammett apareceram num concerto dos Echobrain com a boa intenção de congratularem o antigo baixista depois da apresentação da sua nova banda, no entanto e de forma comicamente suspeita, Jason Newsted simplesmente desapareceu…
Newsted nunca foi esquecido pelos fãs de Metallica, obviamente haverá quem ainda o apelide como uma sombra do Cliff Burton, mas ninguém esquecerá as doses de baixo que humildemente Newsted oferecia aos fãs, as demonstrações de carinho e toda a paixão que depositava tanto nos Metallica como quando tocava o seu baixo… Na minha opinião um desperdício…
A banda simplesmente não parou com este ‘pequeno’ percalço e mais uma vez novas audições foram feitas para encontrar o tal baixista ideal sempre ambicionado, aquele que honraria o nome de Cliff Burton, aquele que tocava à primeira a ‘Orion’ sem se atrapalhar, mas acima de tudo um que não cantasse e fizesse calar o James Hetfield, afinal a cara da banda é a cara da banda e ninguém o pode calar!

O bem-aventurado Robert Trujillo…

Um mal nunca vem só e a saída de Jason Newsted foi só o princípio de muitos estragos da banda depois da chegada do novo milénio. Decorria o mês de Julho de 2001, e apesar de ter sido no mês em que faço anos juro que não roguei nenhuma praga ao nosso vocalista preferido, James Hetfield entrou em reabilitação por causa do seu alcoolismo e outros vícios (é de mim ou foi por este mesmo motivo que expulsaram o Dave Mustaine ao pontapé da banda?!), e durante quase um ano que a banda praticamente hibernou.
Mesmo com o James de volta o regresso da banda foi lento, diria mesmo quase ao passo de caracol, a falta de vontade de trabalhar do Kirk, a mania da invenção do Lars, a ressaca permanente do James e a actuação quase imperfeita do pseudo-baixista Bob Rock resumiram-se num conhecido nome: St Anger… Se me permitem a revolta: caramba eu gostei deste álbum e adoro a música homónima! Porque é que não a tocam nos concertos?! Até ganhou um Grammy para Melhor Desempenho Metal… Este mundo está perdido…
Começa o ano de 2003, depois do, designado por todos, álbum da desgraça, os Metallica não tiveram outra alternativa senão mexer as mãozinhas e os pezinhos, para não dizer outra coisa, e começarem à procura do Robert Trujillo… PERDÃO… De um novo baixista para substituir Jason Newsted!
Um menino muito bonito com um nome que soa às línguas das Américas Latinas decidiu tentar a sua sorte para entrar naquela banda muito famosa que tocava metal… Aparentemente um acto perfeitamente normal, não se desse o caso de Trujillo ter pouco de iniciado a tocar um baixo, ter corrido uma série de bandas, ter aberto um dos concertos dos Metallica e ser o menino bem do, não muito normal mas sempre credivelmente famoso, Ozzy Osbourne… Ou seja o berço que Jason Newsted não teve para impressionar a malta Metallica.
Após ver alguns vídeos sobre as audições que foram feitas aquando a escolha de Trujillo para ocupar o trono de baixista, se me permitem, aquilo soa-me tudo a muito exageradamente falso, aparece, às vezes, o James em tom de sacristia a dizer que ele é bom, como se não o conhecesse de lado nenhum, e o Lars, quase sempre, com a sua habitual atitude hollywodesca, típica de americvano, a dizer que ele é o simply the best, tenho cá para comigo que de o Lars fosse português, diria que o Trujillo era o special one…
Death Magnetic já contou com a presença de Robert Trujillo, que penou um bocado antes de entrar em trabalho, visto que a banda em 2005 fez uma hibernação para estar com a família e os amigos porque conviver com quem nos é próximo também é muito preciso para pôr-mos a cabeça no lugar e os pés assentes em terra. Contudo, Death Magnetic também foi um álbum chacinado pelos fãs quando saiu… será isto uma sina ou uma qualquer forma de praxe para os novos baixistas?!
Que não haja dúvidas de que, apesar de estar há pouco tempo na banda, Robert Trujillo já tem um lugar cativo, se não for no coração dos fãs é, sem dúvidas, no coração dos colegas de banda, que o admiram e dão-lhe a segurança que sempre negaram dar a Newsted.

O começo das guitarradas
Kill ‘Em All ou será Metal Up Your Ass?!

Bom ou mau, duas coisas são certas: a primeira é que é o álbum de estreia e a segunda é que a alta definição de hoje faz milagres… Alguém se lembra de ouvir o James com aquela voz?! Nem eu…
            Inicialmente era para se chamar Metal Up Your Ass, mas o excesso de pudor da gravadora ditou que o nome fosse alterado e assim aconteceu. Ainda chove o bom gosto de Dave Mustaine nas dez faixas que podemos encontrar neste álbum.
Os números a destacar deste álbum são: a sua vinda ao mundo a 25 de Julho de 1983, a sua tripla platina e os 3 milhões de cópias vendidos em todo o mundo.

Ride the Lightning

É o segundo álbum de estúdio da nossa banda de thrash metal muito amada. O seu lançamento deu-se a 19 de Novembro de 1984 e não é por acaso que este é só um dos primeiros álbuns da banda na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame. É de se terem orgasmos auditivos de cada vez que se ouve as faixas, uma grande honra para quem se deu ao luxo de ter este álbum em casa. Aliás se me permitem o abuso dever-se-ia ter duas cópias do álbum em casa, uma para a posteridade, outra para se rodar vezes sem conta na aparelhagem, computador ou aparelho que aguente fortes rotações sem “ataques cardíacos”.
Diz-se que o nome desta obra-prima é uma gíria usada entre presidiários para designar os condenados à morte na cadeira eléctrica, que coisa tão heavy metal, uma verdadeira delícia para quem vive e convive com o espírito metaleiro. As letras do álbum abordam o desespero, morte, medo da perda e descrença. O que se torna até cómico, pois para quem sabe avaliar a boa disposição, farra é com os quatro meninos… Uma coisa tão séria vinda desta gente, põe qualquer fã a pensar…
Tal como aconteceu com Kill ‘Em all os números deste “menino” também foram simpáticos, o álbum vendeu mais de 5 milhões de cópias nos Estados Unidos.
Ride the Lightning é também o último álbum onde o saudoso Dave Mustaine aparece entre os créditos das canções depois de ser expulso dos Metallica, na verdade seu nome aparece em duas faixas: "Ride the Lightning" e "The Call of Ktulu", afinal o álcool e as drogas podiam, muito bem terem sido perdoadas com uma terapiazinha de choque não tão brusca…

Master of Puppets ou quele que toda a gente pensa que foi o primeiro albúm dos Metallica?

Toda a gente diz disparates na vida, mas depois de um pequeno inquérito que fiz junto de amigos cheguei à infeliz conclusão de que das duas uma: ou os meus amigos não percebem nada de metal e não conhecem Metallica de lado algum, ou então até conhecem Metallica mas do Youtube!! Todos sem excepção, e ainda perguntei a nove alminhas, responderam-me que Master of Puppets foi “sem dúvidas” o primeiro albúm dos Metallica… ERRADO!!!
Este é o terceiro álbum de estúdio lançado pela banda em 21 de Fevereiro de1986, pela Elektra Records. É simplesmente reconhecido como um dos maiores álbuns da história do metal. O álbum reúne a agressividade e a velocidade de Kill 'Em All, com a técnica de Ride the Lightning, em composições extremamente elaboradas, com riffs e solos complexos. Segundo Ozzy Osbourne, Master of Puppets é o que se fez de melhor na história do Heavy Metal. Em 2006, a banda iniciou uma turné de aniversário dos 20 anos do álbum e tocou o disco na íntegra. A turné também foi uma homenagem aos 20 anos da morte do baixista Cliff Burton. Em 2004, a banda de metal progressivo Dream Theater fez um álbum cover regravando todas as músicas do mesmo.

…And Justice for All

É o quarto álbum de estúdio da banda norte-americana de thrash metal/heavy metal Metallica, lançado a 25 de agosto de 1988. Este é o primeiro álbum da banda com o baixista Jason Newsted, que entrou na banda depois da morte de Cliff Burton.
Os temas obscuros, com fortes referências à injustiça no sistema de leis, opressão, guerra, insanidade e ódio. Tem a estrutura musical mais complexa de toda a discografia do Metallica. O álbum também é notado pela falta de um baixo audível e uma produção simples em excesso. O álbum vendeu mais de 8 milhões de cópias nos Estados Unidos.

Metallica ou Black Album

É o quinto álbum de estúdio lançado a 12 de Agosto de 1991. Com as faixas "The Unforgiven", "Enter Sandman" e "Nothing Else Matters", tornou-se no álbum de maior sucesso do grupo, tendo vendido cerca de 15.664.000 de cópias apenas nos Estados Unidos, sendo o álbum que mais vendeu no país e mais de 22 milhões no resto do mundo.
A capa do álbum tem somente o logótipo da banda e uma cobra enrolada, derivada da bandeira de Gadsden. O lema da bandeira de Gadsden, "Don't Tread on Me", é usado como título de uma das músicas do álbum.

Load

É o sexto álbum de estúdio lançado em 1996. Até à data, o álbum vendeu mais de cinco milhões de cópias nos Estados unidos e foi certificado com de disco ouro no Reino Unido, vendendo mais de 100 mil cópias. E ficou ainda no topo da tabela musical, Billboard 200, quatro semanas seguidas.

ReLoad

Benvindos ao sétimo álbum de estúdio lançado a 18 de Novembro de 1997. Este álbum junta todas as “brincadeiras” feitas pela banda que não ficaram incluídas no álbum anterior daí esta obra chamar-se ReLoad, há quem defenda que este é um álbum mais comercial e um chamariz para a compra do álbum anterior, o que no meu ponto de vista não faz muito sentido ao avaliarmos as vendas conseguidas pelo Load, acho é que a fama e proveito obtidos pelo Black Album subiram um pouco à cabeça da banda.
O álbum vendeu mais de 4 milhões de cópias nos Estados Unidos e foi, também, disco de Ouro no Reino Unido, tendo vendido mais de 100 mil cópias, não sei de que é que se queixavam afinal…

St. Anger

É o oitavo álbum de estúdio lançado pela banda em 2003… Apesar de muito criticado inicialmente, a opinião da crítica é de que, apesar da falta de solos e da produção pobre, é um álbum que fez os Metallica voltar às suas origens com um som mais agressivo.
James Hetfield considerou que a banda perdeu o foco no álbum porque estava num momento complicado, complicação essa, que poderia resultar num extremo, ou seja, se na altura qualquer ideia que tivessem fosse recusada, poderia resultar numa crise e levar a banda ao fundo do poço, aliás os fãs acharam isso quando ouviram este álbum mal-amado.
St. Anger teve uma boa estreia, apesar de “muito mau” teve boas vendas e chegou ao top de vendas em 30 países, incluindo a Billboard 200 dos Estados Unidos. Em 2004, St. Anger ganhou o Grammy Award de "Melhor performance de Metal". O álbum vendeu mais de 5 milhões de cópias em todo o mundo.

Death Magnetic

É o nono álbum de estúdio da, lançado em 12 de setembro de 2008 pela Warner Bros Records.
É o primeiro disco com a participação do baixista Robert Trujillo, assim como o primeiro a ser produzido por Rick Rubin e também o primeiro álbum a ser lançado pela Warner Bros Records, embora eles ainda continuam com a Warner Music Group...
Este é o álbum de estúdio da banda que pela quinta vez consecutiva, entra directamente no número um da Billboard 200, tornando os Metallica a primeira banda a atingir um número consecutivo cinco estreias.
Este álbum é considerado o retorno dos Metallica ao quadro do tempo de Master of puppets, com maior tendência ao thrash metal do que ao heavy metal, diferente dos seus 3 álbuns anteriores, Death Magnetic até hoje já vendeu mais de 9 milhões em todo o mundo.

Lulu

Uma parceria entre Lou Reed e Metallica… Quem é fã de Lou Reed, gosta. Quem é fã de Metallica… Vai ouvir Master os Puppets!

Às vezes, quem espera por sapato de defunto, morre descalço...

Quantas vezes já não vos apeteceu dar um empurrão ao estupor, ou mais ou menos estupor, que vos acompanha no dia-a-dia, para avançar, dar o maldito passo em frente que tanto falta?!

Infelizmente, há gente assim por toda a parte! Não será a primeira nem a última vez que se ouvirá conversas com o seguinte conteúdo: "Aquele rapaz de quem gosto, não diz nem que sim, nem que não, fica-se pelo talvez um dia"; "Estava na fila do supermercado para pagar, e o raio da velha que estava à minha frente decidiu devolver 349 produtos porque não reparou no preço e a moça da caixa não estava a despachar..."; "O meu filho não ata, nem desata na universidade, não consegue mesmo fazer nada!"; "Estou à espera que reconheçam o meu trabalho na empresa e nada...".

O ritmo no mundo do trabalho, do amor, da escola, da vida, do raio que parta tudo, acelerou a uma velocidade inimaginável. e não me digam que as coisas não andam ligadas, porque por mais que nos esforçamos, se a vida amorosa parar e ficarmos ali com aquilo entalado, temos menos vontade de viver, de trabalhar, de ir para a escola, de aturar quem que que seja. Mas, por que esperar - pensamos - se podemos ter o que queremos imediatamente? é aí que quero chegar, já ninguém sabe esperar. As pessoas querem um bom trabalho agora, querem que o gajo se decida neste segundo, que as boas notas saiam já hoje em vez de saírem em Abril, etc, etc, etc.

Ninguém quer esgotar a paciência a espera dos seus quês urgentes. Entretanto, a nossa sociedade está a privar-nos rapidamente de uma rara habilidade para a vida: a arte de esperar!

Hoje parece que temos que fazer tudo a correr, sem sabermos bem o porquê. As pessoas vivem permanentemente ocupadas, todos estão apressados. Porém, há virtude na espera, algo que não podemos alcançar reduzindo o tempo. E até podemos usar um provérbio inglês, para as questões do coração: "Love me little, love me long...".

Os bons vinhos são fermentados durante anos. Uma refeição primorosa não se prepara no microondas. Árvores fortes, grandiosas, não crescem da noite para o dia. Uma bela pintura não pode ser criada em minutos. As qualidades de bons líderes e daqueles que admiramos não são conquistadas em horas. E o amor... Aaaahhh o amor... Esse para ser bom tem de ser sentido com tempo e muita paciência.

Afinal quem espera por sapato de defunto, pode perfeitamente morrer calçado!!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Basta!

Há muito tempo que ando para ter um pequeno "desabafo" virtual, se ainda não o tive, foi porque me contive bastante e tentei à força toda não dar muita importância ao caso. No entanto, cheguei ao meu ponto de saturação e decidi deixar aqui umas palavra, pois, as redes sociais não servem apenas para partilhar parvoíces, fotos ainda mais parvas e ligações descontextualizadas. As redes sociais, quando bem utilizadas, também servem para deixar aviso, ou, reitero, "desabafos" como é o meu caso.

Há já algum tempo que tenho andado a ver, ouvir e ler coisas com um sentido completamente pejorativo e ignorante sobre a Comunicação Social.

Eu sou licenciada em Comunicação Social! E tenho muito orgulho nisso, sou licenciada em Comunicação Social com variante em Marketing e actualmente encontro-me a tirar mestrado em Comunicação e Jornalismo. E tenho MESMO muito ORGULHO nisso! Passo a explicar: para quem não sabe, Comunicação Social não abrange apenas jornalismo, abrange jornalismo, marketing, publicidade e relações públicas... Logo não percebemos apenas de uma coisa, mas de várias.

Não foi há muito tempo que vi a circular uma foto pelos meus contactos (vi a foto várias vezes) com comentários depreciativos e, perdoem-me a minha sinceridade, completamente ignorantes sobre uma promoção da FNAC que envolvia a troca de produtos de cariz cultural. "Troque os Maias pela Meyer", confesso que para os mentecaptos que habitam na nossa sociedade foi uma escolha de difícil compreensão e, por isso mesmo, má. Para quem sabe o que é marketing e publicidade, sabe que as "forças de expressão" e os trocadilhos é que funcionam, para facilitar a memorização do serviço ou produto. Se a intenção da marca fosse mesmo a troca dos Maias pelos livros da saga Crepúsculo, então o slogan seria "Troque o Eça de Queirós Pela Stephenie Meyer"...

Em relação à dúvida, na minha opinião, burra, que se gerou em torno do trabalho da Meyer ser ou não cultura... Bem... Devo dizer que a cultura pode manifestar-se de várias formas: pela leitura, pela música, pela escrita, pelo cinema, pela gastronomia, entre muitas outras coisas... A saga Crepúsculo é composta por cinco livros (Crepúsculo, Eclipse, Lua Nova, Amanhecer e A breve segunda vida de Bree Tanner) e quatro filmes (Crepúsculo, Eclipse, Lua Nova, Amanhecer)...

Outra coisa que me anda a causar espécie é a forma como vejo que tratam os jornalistas... Não sei por onde deva começar, se pela junção de termos que culminam com a frase "filhos da puta", ou se pelo termo "vendidos"... Existem vários tipos de jornalistas, os pivots, os editores, os repórteres, os foto-jornalistas, os operadores de câmara, etc... A esmagadora maioria dos jornalistas que dão as notícias ao público são pequenos-médios jornalistas, são pessoas como as outras (que têm outras profissões pelos vistos mais dignas) que têm família para sustentar e contas para pagar ao fim do mês e lutam. Lutam muito, porque não se pense que um jornalista é um tipo rico (não estou a falar dos pivots, nem dos dinossauros), muitos de nós vamos para a guerra, sujeitos a levar um tiro nos cornos, ou para o meio de uma guerra de claques levar com very-lights, ou a ser apalpados (no caso das jornalistas), entre outras situações, muitas das vezes em troca de 600/700€...

Um jornalista baixo-médio, quando faz uma notícia, é para o público em geral, e não exclusivamente para a pessoa A, B, ou C! Se existem trocas de favores (dinheiro) de certeza que não passa pelas mão do totó do jornalista pequenito, passa pela mão de outros, que mandam em nós. O que o público ignorante e estúpido não sabe, é que muitas das vezes o texto ou peça que vêm já tiveram mais de 10 versões, que fazemos uma e outra, e outra vez a mesma merda que está sempre a ser reprovada, até fazermos aquilo que os outros querem. Mas, o clássico jornalista a quem chamam de "filho da puta" e "vendido" é exactamente aquele não é nem uma coisa, nem a outra!

Costuma-se a dizer que a falta de actividade e cultura geral faz com que o povo se entretenha a criticar! Concordo plenamente!