sexta-feira, 21 de março de 2014

As esparrelas desta vida.

Não há lei neste país que mande, quem quer que seja, a ser burro! Começo bem, não começo? Pois é, não há lei, nem memorando da Troika, nem filha da putisse alguma que nos obrigue a sermos burros que nem uma porta. Se o somos é porque temos o livre arbítrio de o sermos!
É uma tristeza que, depois de tantas vezes fazer a mesma borrada, venha a vida, armada em carapau de corrida, e nos faça entrar em voo picado para a estupidez. É que já farta! O mais idiota é quando estamos à beira do precipício a saber que corremos riscos e, mesmo assim, avançamos, qual movimento partidário pós 25 de Abril de 74, em que a malta gritava "Avante, camarada, avante!". Avante uma merda! Nem sempre se pode ir avante em certas coisas da vida, há situações em que temos de ter os pés bem assentes em terra e de preferência com um atrás, não vá o diabo tecê-las e uma pessoa estar desprevenida.
Até quebras (ou serão subidas?) de tensão me dá quando penso em certas porcarias que me fazem e acontecem. Aliás, o meu mal sempre foi pensar de mais. Se pensasse menos, certamente que era mais maluca, mas, também, muito mais feliz, sem esta típica expressão de quem está a caminho de um enterro. E se calhar até estou... Estou a caminho do enterro da pouca sanidade mental que ainda me resta!!
Tive um ex-namorado, decorria o ano 2006, que me disse uma coisa que ainda hoje não me sai da cabeça, pois apesar do imbecil ser um grande psicopata, não deixava de ter a sua certa razão nalgumas bacoradas que vociferava. Numa das vezes disse-me: "As pessoas são como as laranjas para sumo, enquanto dão têm de ser bem espremidas, quando deixarem de dar, deita-se a casca ao lixo!", achei nojento um comentário destes, mas na altura tinha 21 anos e ainda acreditava na merda do amor e uma cabana, actualmente  quase com 29, acho que o anormal tem razão. Hoje vivem todos a espremerem o melhor que quem os rodeia têm  e quando deixam de lhes servir, ou seja, de deitarem sumo, arruma-se com a casca fora, isto é, a pessoa que se foda.
Andam a brincar às casinhas comigo, ou se não andam, pelo menos parecem. Até recentemente, sabia em que terreno é que estava a pisar, no que estava metida, qual o objectivo e a minha função. Actualmente, não sei de merda nenhuma. Não sei o que faço, ou tenho de fazer, não sei se estou sozinha, acompanhada, ou mal acompanhada. Mal reconheço a pessoa com quem tinha mais certezas que incertezas, neste momento olho para essa pessoa, e raios me partam, se não tenho a sensação de que estou a olhar para um estranho.
A vida é mesmo esta mixórdia de temáticas, como diz o outro, em que cada dia que passa o ser humano transforma-se num enorme burro. Especialmente quando acredita no que não existe e em pessoas que, de um momento para o outro, deixaram de ser aquilo que conhecíamos para ser uma certa partida para a loucura e desconhecido. 

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