segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Love Is All We Need...

Lembro-me de ouvir uma vez, há anos, a minha avó dizer que um candeeiro não ilumina dois corredores, nem um coração é fiel a dois amores... 


Existe, desde há muito, uma questão que levanta dúvidas, especialmente às mulheres que são peritas em amar desalmedamente como se não houvesse amanhã, que é a democracia sentimental no universo masculino.


Sempre se criou na sociedade o mito de que o homem é um ser desnaturado e desavergonhado, que troca de mulher como quem troca de camisa. Confesso que não defendo tal teoria, até porque não gosto de generalizações e de julgar tudo e todos pela mesma régua, ainda por cima sou péssima a tirar medidas... Uns são melhores que outros, outros são mais filhos da puta que outros, mas nenhum deles é igual, mesmo que, por vezes, quando toca a fazerem merda, possam ter alguns padrões parecidos...


O homem, ao contrário do que se pensa, é um ser de difícil compreensão. E até acrescento que as mulheres só são complicadas na presença de certas atitudes masculinas. Uma mulher precisa de perceber o que se passa à sua volta para poder aceitar os factos. E para haver essa percepção, tem de haver uma explicação e esta é uma atitude que encaixa tão bem num homem, como um pé número 42 encaixa num sapato número 36...


Um coração não é fiél a dois amores... Pois não! Um coração, pelo menos um normal (que não se encontra à venda nos supermercados), pode ter várias amizades, mas nunca dois amores... E que eu me lembre, não se conhecem muitas mulheres em Portugal que aceitem a bigamia...


A pergunta que se coloca, então, é porque é que os homens andam com uma mulher nos braços e outra na cabeça? Creio que a resposta seja mais simples do que se pensa, um homem raramente sabe o que quer (isto dito sem ser com um sentido pejorativo), daí avançarem para outra relação sem pensarem muito na que acabou, enquanto que, a mulher (que devia saber menos aquilo que quer para não andar sempre a acumular desilusões desnecessárias), que aplica os seus sentimentos tipo prego-a-fundo numa relação, demora mais tempo a aceitar que o seu amor se foi embora.


Um homem nunca gosta, vai gostando... Amar, também não ama, vai amando... Mas há uma coisa que os homens gostam: curtir! O flirt está-lhes no sangue! Daí muitos terem uma colecção interminável de mulheres "curtidas" como quem colecciona moedas de 1, 2 e 5 cêntimos porque não gosta de andar com elas na carteira. Com a mulher não é bem assim (aliás, com mil raios, com a mulher nunca nada é bem assim), a mulher não costuma gostar de andar aos encontrões (salvo seja, se se trata de uma camisola da Bershka em época de saldos)... Os flirts sempre foram algo de difícil compreensão, assim como "uma relação aberta" é algo que nos dá (secretamente, obviously) um profundo e merecido nojo... "aberta"?! Nós não partilhamos o nosso homem, nem pensar!! Daí ser um clássico obrigarmos os homens a escolhas, que é algo que eles abominam... Os homens raramente fazem escolhas, porque não gostam de se sentirem comprometidos e porque quando escolhem, escolhem mal!


Os homens terão sempre vários "amores", não sabem estar com uma mulher sem pensarem noutra. Em contrapartida, a mulher será sempre a ingénua na relação, vai amar incondicionalmente o homem que tem, sem olhar sequer para o lado para ver como anda a vida lá fora...


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Este é o mito em que vivemos!!! Mas, todas as moedas têm duas faces e há que abrir os olhos para as ver e destinguir!


Vamos então à outra realidade?! Porque é que será que os homens vivem para o flirt?! Se as mulheres fossem mesmo um poço de bondade, os homens não precisava de andarem metidos em flirts mais ou menos ranhosos...


Os homens sofrem de uma forma cruel, pois é uma verdade indiscutível que saltam de umas para as outras de uma forma, digamos, mais fácil que as mulheres (ou se não é mais fácil, enganam muito bem)...


O problema dos homens é que são inconscientemente vingativos quando são feridos no seu orgulho! O homem tem uma relação com a mulher A, uma dia esta passa-se sem motivo aparente e dá-lhe uma patada, quando o homem muda para a mulher B, esta leva com a frustração do que a mulher A lhe fez, e assim sucessivamente... Até ao dia em que aparece a mulher Z, que até pode ser a melhor do mundo e arredores, mas vai levar com as frustrações do abecedário inteiro!


É isto que faz deles uns filhos da puta! É serem magoados pelas mulheres que fazem com que em cada relação que tenham, sejam cada vez mais frios e distantes e por isso é que não gostam de compromissos e têm um coração democrático... E sejamos realistas, se por eles serem assim, são uns filhos da puta, o que somos nós quando os magoamos?! Sim, porque às vezes esquecemos que eles são humanos, tal como nós também feitos de carne e osso, dotados de sentimentos, que às vezes esquecemos de respeitar! 


O que realmente desejo às mulheres Z é que rezem a todos os santos que conhecem para encontrarem um homem que ainda esteja na posição de encontrar a mulher A, mas que o saiba respeitar e que se lembre todos os dias que quem a acompanha é um ser humano, que tal como ela, tem sentimentos e sangue a correr-lhe nas veias.


Afinal... Os homens não são todos uns cabrões... E se por algum motivo o forem... Lembrem-se que poderá ser por nossa culpa!




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Confuso não?? Sei que não é um texto (devaneio) fácil de interpretar... Mas se puserem a mão à consciência é neste mundo que vivemos... E todos os dias conversamos e partilhamos o mesmo espaço com pessoas que sofrem as "patadas" do amor... Sejam elas mulheres ou homens!

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